quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fotografando em RAW, o "negativo digital"

Não tem nem um ano que comecei a fotografar em RAW. Para quem não está familiarizado, o RAW é um formato de imagem digital que representa exatamente aquilo que o sensor da câmera captou. Esse formato permite a edição e correção de fotos de uma maneira muito mais prática, sem perder qualidade. Alguns chegam a compará-lo com uma espécie de "negativo digital".

Por falta de conhecimento e prática do assunto, adiei por mais de um ano a utilização desse formato. As vezes olhando algumas fotos mais antigas, tiradas em JPG, sinto um certo pesar por não tê-las feito em RAW.

O único inconveniente do formato é o seu tamanho que é muito extenso, obrigando os usuários a terem um equipamento de fluxo digital a altura. Eu mesmo fui obrigado a comprar um HD externo de 1000GB, exclusivo para armazenamento de fotos e já estou prevendo comprar outro até o fim do ano.

Outro fator importante, considerando o tamanho do arquivo RAW, é o seu armazenamento na Câmera, como foi comentado na postagem anterior. Um cartão de memória com baixa taxa de transferência pode não responder bem a um rápido processamento de fotos nessa escala de bytes.

Na imagem abaixo, que se encontrava ligeiramente escura, foi feita a correção de exposição (aumentando a luz principal e de preenchimento). Foi feita também ajustes no balanço de cores, que pode váriar bastante, de acordo com o sensor de cada câmera. No caso da Canon T1i, utilizada nas fotos existe um evidente desvio para o magenta.

A perda de qualidade quase não existe e além da qualidade e facilidade de edição, existe também a possibilidade da manipulação em lote, editando várias fotos simultâneas.

A esquerda a imagem como saiu da câmera e a direita após a correções de exposição e balanço de cores no Câmera RAW.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cartão de memória: Tudo igual?

Na fotografia digital, o armazenamento das imagens através de cartões de memória é imprescindível, mas algumas pessoas acabam adquirindo esse equipamento sem saber avaliar alguns critérios importantes.

As variações de preços dos cartões de memórias podem ser enormes, mas é preciso avaliar bem antes de comprar, pois existem diferenças que muitas vezes não são levadas em consideração.

Um cartão de 4GB pode chegar a ter o mesmo preço de um de 16GB ou até mesmo o dobro de um outro com a mesma capacidade de armazenamento. A justificativa para isso, é a sua taxa de transferência (megabytes por segundo). Além do espaço de armazenamento, os cartões possuem uma propriedade de velocidade de armazenamento que podem influenciar bastante no preço e eficiência do produto. Essa informação é muitas vezes ignoradas tanto por consumidroes quanto por vendedores (muitas lojas nem mesmo colocam essa informação no produto).

Embora a maioria sempre compre o cartão pela capacidade de armazenamento, é preciso avaliar que na hora de fotografar, um cartão muito lento e a escolha de um formato de arquivo muito grande (RAW por exemplo), podem fazer com que o fotógrafo perca algum momento importante enquanto registra um evento, pois a camera ficará sobrecarregada e inoperante durante alguns segundos.

Utilizando 2 cartões SDHC de 4GB, que apresentavam uma grande diferença de taxa de transferência entre eles (um Kigston de 4MB/s e um SanDisk Extreme de 30MB/s), pude perceber bem essa diferença. O cartão de 4MB/s (velocidade mais comum no mercado) é muito mais lento e não suporta muitas fotos RAW (20MB aprox.) em sequência, enquanto o de 30MB/s (pelo menos 7x mais rápido) não apresentou nenhum problema.




(Cartões SDHC: Kigston de 4MB/s e SanDisk Extreme de 30MB/s)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A formação do fotógrafo

Há pouco um rapaz perguntou num forum de discussões sobre fotografia, qual a faculdade ele precisaria fazer para ser fotógrafo.

Quando descobri a Fotografia, há quase 10 anos atrás (sim, estou ficando velho), não existiam faculdades de Fotografia no Brasil. Hoje em dia a possibilidade de fazer faculdade nessa área aumentou muito, embora em algumas cidades como Belo Horizonte ainda não seja o caso. Mesmo uma pós está dificil por aqui.

Mas não é exatamente necessário que se faça faculdade para ser fotógrafo. Muitos bons fotógrafos são formados em áreas completamente diferentes, isso quando têm de fato algum "canudo".

De qualquer forma, pode-se optar por fazer uma faculdade que seja mais ligada a fotografia, como design, artes, jornalismo ou publicidade. Em todas essas existe a possibilidade de aprender as técnicas básicas (e até intermediarias) da Fotografia.

Mas seja qual caminho escolher, é preciso saber que Fotografia não se aprende apenas com muita prática, mas sim com muita observação, raciocínio e reflexão sobre os resultados obtidos. Além do estudo. Pois fotografia é também uma técnica rica em detalhes.