No fim do mês passado, terminei de instalar um fundo infinito fixo no estúdio. Já fazia algum tempo que utilizava aqueles fundos de tecido TNT (vendidos em casas especializadas), porém, me incomodava muito os amassados e as irregularidades do tecido que [mesmo com todo o cuidado dedicado] ficam aparentes nas fotos e tinham que ser retocados no PS.
Resolvi utilizar o MDF como matéria prima, pois seria um custo razoável, não permanente - o que evitaria perder alguumas instalações elétricas - e também a economizaria na mão de obra, já que finalmente, 8 anos da minha juventude trabalhando numa marcenaria, finalmente iriam valer de alguma coisa.
Para fazer a curva, utilizei duas placas independentes, que apoiavam a tensão da curva em outras placas instaladas no começo (alto) e fim do fundo (chão) fazendo com que ela fizesse a curva naturalmente em 90º. Essa foi uma maneira que encontrei de evitar a construção de qualquer estrutura que acompanhasse a curva, mantendo apenas um calço para que não ficasse frágil ao pisar de algum modelo. As placas foram então fixadas com parafusos e posteriormente arrematadas com massa plástica.
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18,5 metros quadrados de MDF, 70 parafusos, uma bolha na mão, 5 litros de tinta, 1,2 Kg de massa plástica depois... estava pronto, lindo e branquinho. Infelizmente um detalhe passou desapercebido: o quoficiente de dilatação do MDF. As placas dilataram com o calor e encolheram com o frio, causando rachaduras ao longo do fundo. O problema ainda não foi solucionado.
PS: Agradecimento especial ao pedreiro que fez uma quina de parede totalmente torta, por proporcionar a realização de algo em pelo menos 3x mais lento e trabalhar minha paciência e persistência.