Há algum tempo, quando comecei a fotografar, recém-nascido era recém-nascido. No máximo, "nenêm" ou bebê. Agora é "newborn". Nada contra o segmento, embora não faça parte dele, mas se existe, obviamente é resultado de sua importância social.
Muitos vão achar que é picuinha minha. Talvez tenham razão, mas esse e outros exemplos, servem para ilustrar o universo mercadológico no qual os cursos de fotografia estão se inserindo, onde as técnicas de venda (ou marketing, se preferir) parecem ocupar papel principal, transformando a oportunidade de aprendizado em nada mais que um produto a ser vendido. Em meios aos pacotes plus, mega, standart e etc... surgem os workshops (porque "oficina" é feio) de newborns e acredito, em breve, casamento será wedding, moda será fashion (se já não é) e por aí vai.
Não me entendam mal, não tenho nada contra a língua inglesa. Muito pelo contrário. Até entendo que em alguns termos ela deva ser mantida por questões de conceito, inclusive em alguns nomes comerciais. Mas qual o sentido de utilizar uma palavra estrangeira para denominar algo que já existe na nossa língua? Vai me desculpar, mas não trabalho com hair stylist ou make-up artist, mas sim cabeleireiro e maquiador, ambos com a mesma competência desses outros com "t" mudo no final. Já basta ter que engolir os designers, books e tantos outros termos que não ganharam tradução por aqui, agora querem ignorar os termos que possuem o mesmo significado?
Para os adeptos a esse "estilo", lhes digo: chick, não é escrever em outra língua, mas sim respeitar a sua. Ah! E sou fotógrafo, não photographer.
Perfeito! Concordo com o exagero do estrangeirismo.
ResponderExcluirConcordo. Estão falando muitos termos estrangeiros por puro pedantismo, para fingir que é mais do que realmente é.
ResponderExcluir